Nossa
Senhora da Conceição Aparecida
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Imagem de Nossa Senhora Aparecida, que apareceu para os pescadores
Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves em outubro de 1717.1
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Instituição da festa
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Principaligreja
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Atribuições
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Pesca milagrosa
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do Brasil, das grávidas e recém-nascidos, rios
e mares, do ouro, do mel e da beleza.
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Polêmicas
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Nossa Senhora da Conceição Aparecida, popularmente chamada de Nossa Senhora Aparecida, é a padroeira do Brasil , venerada na Igreja Católica. Um título mariano negro, Nossa Senhora Aparecida é representada por uma pequena imagem de terracota da Virgem Maria atualmente alojada na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, localizada na cidade de Aparecida, em São Paulo.
Sua festa litúrgica é
celebrada em 12 de outubro, um feriado
nacional no Brasil
desde 1980, quando o Papa
João Paulo II consagrou
a Basílica, que é o quarto santuário mariano mais visitado do mundo, capaz de abrigar até 45.000 fiéis.
Aparição
Há duas fontes sobre o
achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de
Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo da Companhia
de Jesus, em Roma: a história registrada pelos padres José
Alves Vilela, em 1743, e João de Morais e Aguiar, em 1757, cujos documentos se
encontram no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de
Guaratinguetá.
Segundo os relatos, a
aparição da imagem ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717, quando Dom Pedro de Almeida, conde de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava
de passagem pela cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica.
O povo de Guaratinguetá
decidiu fazer uma festa em homenagem à presença de Dom Pedro de Almeida e,
apesar de não ser temporada de pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba com a intenção de oferecerem peixes ao
conde. Os pescadores Domingos
Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e pediram a
ajuda de Deus. Após várias
tentativas infrutíferas, desceram o curso do rio até chegarem ao Porto
Itaguaçu. Eles já estavam a
desistir da pescaria quando João Alves jogou sua rede novamente, em vez de peixes, apanhou o
corpo de uma imagem da Virgem Maria, sem a cabeça. Ao lançar a rede novamente, apanhou a
cabeça da imagem, que foi
envolvida em um lenço. Após terem
recuperado as duas partes da imagem, a figura da Virgem Aparecida teria ficado
tão pesada que eles não conseguiam mais movê-la. A partir daquele momento, os três
pescadores apanharam tantos peixes que se viram forçados a retornar ao porto,
uma vez que o volume da pesca ameaçava afundar as embarcações. Este foi o primeiro milagre atribuído
à imagem.
Início da devoção
Durante os quinze anos
seguintes a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas
da vizinhança se reuniam para orar. A devoção foi
crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles
que oravam diante da santa. A
fama de seus supostos poderes foi se espalhando por todas as regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite
faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de
um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente
os pescadores os que vinham rezar, mas também muitas outras pessoas das
vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo
tornou-se pequeno para abrigar tantos fiéis.
Assim, por volta de 1734, o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no
alto do morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. A capela foi erguida com a ajuda do
filho de Filipe Pedroso, que não aprovava o local escolhido, pois considerava
mais cômodo para os fiéis uma região próxima ao povoado.
Há relatos não
confirmados de que no dia 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba,
o então Príncipe Regente do Brasil,Dom Pedro I e sua comitiva, visitaram a capela e
conheceram a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
O número de fiéis não
parava de aumentar e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior
(a atual Basílica Velha), sendo solenemente inaugurada e benzida
em 8 de dezembro de 1888.
Coroa de ouro e o manto azul
Em 6 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e ofertou à santa, em pagamento de uma
promessa (feita em sua primeira visita, em 8 de dezembro de 1868), uma coroa de ouro cravejada
de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul, ricamente
adornado.
Chegada dos missionários redentoristas
Em 28 de outubro de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e
irmãos da Congregação dos Missionários
Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para
rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.
Coroação da imagem
A 8 de setembro de 1904, a imagem foi coroada com a riquíssima
coroa doada pela Princesa Isabel e portando o manto anil, bordado em
ouro e pedrarias, símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi
dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do núncio
apostólico, muitos bispos, o presidente da República Rodrigues Alves e numeroso povo. Depois da coroação o
Santo Padre concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: ofício e
missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em
peregrinação ao Santuário.
Instalação da basílica
No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica
Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909 e
recebendo os ossos de são
Vicente Mártir, trazidos de Roma com
permissão do Papa.
Emancipação político-administrativa
Em 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja
no alto do Morro dos Coqueiros, emancipou-se politicamente de Guaratinguetá e se tornou um município, vindo a se
chamar Aparecida, em
homenagem a Nossa Senhora, cuja devoção fora responsável pela criação da
cidade.
A rainha e padroeira do Brasil
Nossa Senhora da
Conceição Aparecida, foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Principal
em 16 de julho de 1930, por decreto do papa Pio XI. A imagem já
havia sido coroada anteriormente, em nome do papa Pio X, por decreto da
Santa Sé, em 1904.
Pela Lei nº 6.802 de 30
de junho de 1.980, foi decretado oficialmente feriado no dia 12 de outubro,
dedicando este dia a devoção. Também nesta Lei, a República Federativa do
Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil.
Rosa de Ouro
Em 1967, ao completar-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a “Rosa de Ouro”, gesto repetido pelo Papa Bento XVI que ofereceu outra Rosa, em 2007, em decorrência da sua Viagem Apostólica
ao país nesse mesmo ano, reconhecendo a importância da santa devoção.
Basílica de Nossa Senhora Aparecida
Houve necessidade de um
local maior para os romeiros, e em 1955 teve início a construção da Basílica
Nova. O arquiteto Benedito
Calixto a qual idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de
comprimento por 168m de largura; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura.
Em 4 de julho de 1980 o papa
João Paulo II, em sua visita ao Brasil, consagrou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, o maior
santuário mariano do mundo, em solene missa celebrada, revigorando a devoção
à Santa Maria, Mãe de Deus, e sagrando
solenemente aquele grandioso monumento.
Centenário da coroação
No mês de maio de 2004 o
papa João Paulo II concedeu indulgências aos devotos de Nossa Senhora
Aparecida, por ocasião das comemorações do centenário da coroação da imagem e
proclamação de Nossa Senhora como Padroeira do Brasil. Após um concurso
nacional, devotos e autoridades eclesiais elegeram a Coroa do Centenário, que
marcaria as festividades do jubileu de coroação realizado naquele ano.
Descrição
da imagem
A imagem retirada das
águas do rio Paraíba em 1717 mede quarenta centímetros de altura e é de terracota, ou seja, argila que
após modelada é cozida num forno apropriado. Em
estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a analisaram
,acredita-se que originalmente apresentaria uma policromia, como era costume
à época, embora não haja documentação que comprove tal suspeita. A argila utilizada
para a confecção da imagem é oriunda da região de Santana
do Parnaíba, na Grande São Paulo. Quando
recolhida pelos pescadores, estava sem a policromia original, devido ao longo
período em que esteve submersa nas águas do rio. A
cor de canela que
apresenta hoje deve-se à exposição secular à fuligem produzida pelas chamas das velas, lamparinas e candeeiros, acesas por seus
devotos.
Através de estudos comparativos, a
autoria da imagem foi atribuída ao frei Agostinho
de Jesus, um monge de São Paulo conhecido por sua habilidade
artística na confecção de imagens sacras. Tais
características incluem a forma sorridente dos lábios, queixo encravado, flores
em relevo no cabelo, broche de três pérolas na testa e porte empinado para
trás. O motivo pelo qual a imagem
se encontrava no fundo do rio Paraíba é que, durante o período colonial, as
imagens sacras de terracota eram jogadas em rios ou enterradas quando
quebradas.
Em 1978, após sofrer um atentado que a reduziu a
quase duzentos fragmentos, a imagem foi encaminhada a Pietro
Maria Bardi, à época diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP),
que a examinou, juntamente com João Marinho, colecionador de imagens sacras
brasileiras. Foi então totalmente
restaurada, no MASP, pelas mãos da artista plástica Maria
Helena Chartuni.
( Retirado do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_da_Concei%C3%A7%C3%A3o_Aparecida)
Andre Jofre
Radialista-Setor Locução
(DRT-26193-SP-101013)
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