terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Anjo da guarda - parte 2




ANJO DA GUARDA: EXISTE OU É MITO?(2ª parte)


“Na bíblia eles não têm nomes, exceto os três arcanjos: Miguel, Gabriel e Rafael. Segundo biblistas renomados, não se pode deduzir das palavras de São Paulo uma hierarquia angélica. No famoso hino à supremacia de Cristo (Cl 1,16; Ef 1,21 etc), Paulo nomeia “Principados, Autoridades, Poder e Soberania”. Seriam, as quatro categorias da totalidade do Cosmos, incluindo o mundo angélico, para a literatura judaica alheia à Bíblia.
São Paulo diz: sejam quais forem os poderes dos seres corpóreos e incorpóreos, todos estão sob a supremacia de Cristo. Há semelhança entre as diversas angeologias.
Já os mitos modernos sobre as funções prestadas pelos anjos aos homens por ordem divina, ou no lugar do próprio Deus, são produtos de fantasia. Tudo o que se refere ao conhecimento de Deus, segundo a revelação trinitária, é bem distinto. A Bíblia, a tradição cristã e o magistério eclesial apregoam no culto aos anjos uma sã espiritualidade que supõe a fé na providência de Deus. É certo que a energia infinita de Deus faz-se presente nos espíritos incorpóreos. Mas, há que se desconfiar quanto à proliferação de hierarquias, nomes e atributos repassados a supostos anjos nas ondas de misticismo, ocultismo, numerologia que invadem a internet.
Acreditar em anjos e demônios inventando uma angeologia eivada de superstições e mitos é negar o poder de Deus. É preciso impermeabilizar as verdades de fé cristã sobre a natureza, funções dos anjos e a proteção individual do anjo da guarda, separando-as dos devaneios, das fantasias ou emoções que facilmente escorregam para lendas. Cultivar uma sólida devoção ao anjo da guarda faz parte do depósito da fé.” Até amanhã!



(Retirado da Revista de Aparecida dezembro de 2012)
André Jofre
Radialista-Setor Locução
DRT-26193-SP-041212

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